É
a dança rainha do Alto Minho. As arrecadas e os fatos minhotos ajudam a completar o cenário. Dispostos em roda os pares de braços erguidos, vão girando vagarosamente no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Os homens vão avançando e as mulheres recuando.
A situação arrasta-se até que a voz de um dançador se impõe, gritando ‘fora’ ou “virou”. Dão meia-volta pelo lado de dentro e colocam-se frente-a-frente com a moça que os precedia.
Este movimento vai-se sucedendo até todos trocarem de par, ao mesmo tempo que a roda vai girando, no mesmo sentido.
Mas este é apenas o mais simples dos viras de roda, pois outros há com marcações mais complexas.
E são muitos os nomes em que se desdobram: vira, fandango de roda, fandango de pares, ileio, tirana, velho, serrinha, estricaina, salto, entre outros.
Viana é famosa quando se trata de encenar o vira. Mas não é a única. Chegamos à região de Braga e logo nos surge o ‘vira galego´, “despido da opulência primitiva”, como o caracterizou, Pedro Homem de Mello.
Caminhamos pela costa em direcção ao sul e o vira não desiste. A par do vira enérgico do Minho, vamos encontrar o vira de seis em terras de pescadores.
Dança do Vira do Minho
Reviewed by Marta Rainier
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fevereiro 22, 2018
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