Festa das Maias

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  Festa das Maias é uma tradição romana com mais de 2 mil anos, em que para os romanos a Maia era a deusa da fertilidade, aquela que projetava toda a força da natureza, a Primavera. 


Naquela época existiam as festas das Maias, em que as sacerdotisas, todas elas de branco, veneravam a deusa para que as produções viessem em quantidade e qualidade. 

Os adornos de flores silvestres ao pescoço, na cabeça e nos pulsos, representariam o que de mais colorido havia na natureza. 

Os vermelhos das papoilas, os azuis dos rosmaninhos e os amarelos bem vivos dos malmequeres alegravam o rosto das gentes e as ruas.

Hoje, as sacerdotisas são substituídas pelas crianças, que costumam pedir “um tostãozinho para a Maia que não tem saia”, continuando a trajar de branco e usando as flores silvestres, neste júbilo da fertilidade da terra.

Em Portugal, a Festa das Maias celebra-se em algumas regiões no dia 1 de Maio, feriado nacional. As portas e janelas das casas ou as grelhas dos automóveis são enfeitadas com ramos de giesta amarela ou com coroas de flores chamadas maia ou maio. É um vestígio do Beltane, uma antiga festividade celta, que celebrava o início do Verão.


Era costume as crianças irem de casa em casa a cantar e a pedir. Em alguns lugares elas vestiam-se de maias floridas, isto é, enfeitavam-se com giestas.

Já no Algarve fazia-se uma boneca de centeio ou trapos que vestia-se de branco e rodeava-se de flores. Outro costume era vestir uma criança de maia. Toda de branco e coberta de flores, a criança ficava num tapete enquanto várias crianças cantavam e dançavam à volta dela. 

Na festa do Maio fazem-se bonecos no tamanho normal de pessoas que se vestem e calçam com a roupa de adultos ou crianças.

Em Óbidos na noite de 30 para 1 de Maio fazia-se uma pequena festa. Pedia-se um donativo às casas comerciais para comprar o bacalhau e azeite, que os rapazes e os homens da vila comiam pelas três ou quatro horas da madrugada, na longa noite dos Maios. 

Os rapazes, tinham que ir aos campos acompanhados pelo som de instrumentos musicais, apanhar maios ou outras flores como madressilvas, giestas floridas, folhados, rosas silvestres, etc., para espalharem durante a madrugada por toda a vila.

A população para evitar que o “maio os encontrasse na cama” e “ficassem amarelos o resto do ano”, levantava-se cedo para ver a vila 'maiada' com as aldrabas das portas e as janelas das habitações enfeitadas com flores e o adro da igreja também coberto de flores.


Iam depois ouvir a música e ver os foguetes. Os Maios também são celebrados no Algarve, na região entre Loulé e Tavira, incluindo Faro (Estoi) e de Olhão, (Olhão, Moncarapacho, Quelfes), nos Açores (ilhas Terceira, Graciosa, …) e em Espanha.

O maio-moço era um rapaz que vestia-se de maio. Ele andava com a roupa enfeitada de giestas, e trazia na cabeça giestas que formavam uma pirâmide. O maio-moço saía pelas ruas com crianças a cantarem e a dançarem à volta dele. Andava também pelos campos a esconjurar os maus espíritos para proteger as famílias e as colheitas.

“ O meu maio moço
ele lá vem
vestido de verde
que parece bem. ”

Designadas como "Cantigas das Maias", "Cantigas do Maio-moço", ou "cantar as Maias" consiste no cantar de músicas pelas ruas por grupos de pessoas no primeiro dia de Maio. 
Festa das Maias Festa das Maias Reviewed by Marta Rainier on maio 04, 2019 Rating: 5

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